Por Roberto Sachs
Fundador da Rock Ensina

“Não aguento mais não aguentar mais.” Além de título de livro, esta sentença retrata, como poucas, o sinal de nossos tempos. Do burnout à inteligência artificial, da sociedade do capital para a sociedade da informação. E aqui estamos. Seis gerações sob o mesmo teto. Convivendo, produzindo e, principalmente, conflitando. Seja no trabalho, em família, na comunidade. Algo inédito na história, fruto do aumento da expectativa de vida, em razão dos avanços tecnológicos na medicina.

Quando o assunto é o mercado de trabalho, três gerações se destacam como expoentes da força produtiva atual: as Gerações X, Y e Z. Segundo pesquisa da WeWork, 25,4% da força de trabalho no Brasil é formada por Xs (1965-79). Já os Ys, ou Millennials (1980-1995), a maioria da população brasileira, representam 50% dos profissionais brasileiros (Itaú BBA). Por fim, a Geração Z (1996-2010), que talvez ultrapasse os Boomers (1945-64) no local de trabalho ainda este ano e componha 30% da força até 2030 (Cultural Insights, Adobe Stock, EUA).

Rumamos, portanto, de uma era do trabalho árduo, lealdade à carreira e estabilidade (valores centrais das Gerações Veteranos e Boomers), para uma era do sucesso, prazer, praticidade e diversidade no local de trabalho (valores centrais das Gerações X, Y e Z), em uma vida pessoal e profissional cada vez mais sem divisas. O “viver para trabalhar” dos mais velhos, deu lugar ao “trabalhar para viver” dos mais novos. E tudo nunca mais foi o mesmo.

As ferramentas digitais e sociais aumentaram. A produtividade no escritório despencou. A departamentalização e o respeito à hierarquia tradicional da pirâmide organizacional foram substituídos por mais informalidade, mobilidade interna, desenvolvimentos de lideranças e foco na cultura organizacional. O vício em trabalho e competição dos workaholics Boomers deu lugar aos problemas de saúde mental, esgotamento e ansiedade das Gerações Y e Z, cujas carreiras foram impactadas por grandes crises mundiais, trazendo o setor de Recursos Humanos, popular RH, para o centro do debate.

Meu lugar de fala se confunde com os impactos e influências deste choque geracional inédito. Seja testando e adaptando novas ferramentas didáticas em sala de aula, como professor. Seja desenvolvendo novas tecnologias de RH, Treinamentos e Gestão de Carreira, como fundador de uma startup que seleciona e capacita profissionais multigeracionais. Em um equilíbrio que mescla Educação e Tecnologia (EdTech), RH e tecnologia em Gestão de Pessoas (HRTech), Educação e Entretenimento (Edutainment), Humano e Inteligência Artificial (IA).

O futuro do trabalho é feito de pluralidade, inclusão e diversidade. Permite combinar sabedoria, ansiedade e tecnologia. Versa de Aristóteles a Zelda. Desafia o status quo para lidar com problemas complexos. Fracassa rápido. É flexível e antifrágil. Aprende rápido e trilha sobre trabalho, estudo, relacionamento, família, saúde mental e física, saúde financeira e lazer. Em uma vida de 100 anos. Em uma vida de várias gerações encapsuladas em uma só. Privilegiados agentes-testemunhas da revolução.

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