A pandemia mundial de Covid-19 fez com que as empresas reavaliassem todo o cronograma de tendências de consumo esperadas para 2020. Exemplo disso são algumas redes de supermercados, farmácias e bancos que passaram a oferecer horários diferenciados de atendimento aos idosos – principal grupo de risco.

O professor Rodolfo Ribeiro, que também é doutor em estratégia empresarial, mestre em administração e banca de trabalhos de conclusão de curso em Marketing, acredita que as integrações de canais já apontam as novas tendências de consumo.

“Passamos a contar com processos de compra bastantes cômodos e com amplias possibilidades, como comprar online e retirar na loja ou comprar in loco e receber o produto em casa”, comenta.

De forma resumida, ele explica que as tendências de consumo dependem diretamente de como os avanços tecnológicos ditam a competição e as alternativas para incrementar níveis de comodidade e satisfação para os consumidores ao longo de todo o processo de compra.

Pensando nisso, Ribeiro, que também desenvolve trabalhos de consultoria e pesquisa relacionados à estratégia e competitividade das empresas, entende que o investimento em tecnologia pode subir na escala de prioridades em algumas empresas de médio porte.

Confiança

Pensando que vivemos uma crise de saúde e econômica, a confiança pode ser destacada como uma das principais tendências de consumo, especialmente quando o assunto são as compras de maior comprometimento financeiro.

Dessa forma, a segurança da marca está ligada à segurança que a empresa oferece ao consumidor. Isso quer dizer que também é importante garantir que as orientações de autoridades sejam cumpridas durante a jornada de compra e que as divulgações e decisões sejam embasadas em fontes confiáveis.

“Quando o valor da compra não fere nosso orçamento, até aceitamos correr certos riscos de escolhas erradas. Seja por questões orçamentárias ou sanitárias, é possível que os aspectos de segurança em todo o processo sejam mais valorizados nos próximos meses”, destaca.

Resultados

Uma das tendências de consumo que vem se desenhando tem a ver com os resultados sociais e ambientais apresentados pelas empresas.

“Pode ser que a pandemia impulsione a adoção mais ampla do desempenho organizacional. Os consumidores podem colocar em seu processo de escolha fatores adicionais, olhando também para as ações da empresa em sua comunidade”, analisa Ribeiro.

O professor enfatiza que já é possível perceber alguns pequenos esforços de valorização de empresas pequenas ou de um entorno específico, pensando no impacto social do consumo.

Contudo, ainda é preciso levar em consideração as restrições orçamentárias. “Uma queda do nível de emprego e de renda traz maior sensibilidade ao preço do que efeitos intangíveis da escolha”, comenta.

Pós-consumo

O pós-consumidor está localizado dentro das tendências de consumo com alguns comportamentos de valorização de personalização e nível de serviço oferecido. E tudo isso depende de como sairemos, economicamente, dessa situação de pandemia.

“Se houver uma grande depressão econômica, os consumidores tendem a ficar mais sensíveis ao preço e menos sensíveis aos aspectos que formam a jornada de compra. Contudo, se os níveis de renda e emprego se recuperarem com rapidez, talvez tenhamos uma valorização mais ampla da comodidade e de processos amparados pela tecnologia”, observa Ribeiro.

Ainda assim, é possível que aumentemos nosso nível de etnocentrismo. Isso significa que veremos ainda mais o mundo a partir de uma perspectiva particular de uma nação ou cultura.

“A globalização tornou o consumo homogeneizado em uma série de produtos em escala global. Talvez sentimentos mais etnocêntricos possam surgir após a crise, com a valorização de negócios e marcas regionais e nacionais”, propõe.

Critério de compra

Também podemos considerar que a experiência é uma das tendências de consumo caso haja um rápido equilíbrio de renda. Por isso, Ribeiro separou algumas dicas:

  • Para lojas físicas, alteração de layout e checkout facilitado
  • Para o digital, atender às expectativas no processo
  • Nos dois modelos: oferecer uma jornada encantadora para conquistar a lealdade do consumidor.

O que achou das tendências de consumo para os próximos meses? Compartilhe suas ideias com a gente!

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