Falar em logística muitas vezes remete a um trabalho em escritório, cercado de papéis e coisas complicadas para resolver. Embora não seja de todo mentira, nem sempre é assim. Essa área basicamente organiza tudo que acontece em uma empresa para que as coisas funcionem sem conflitos e os recursos sejam utilizados da melhor forma possível.

Ou seja, se uma empresa precisa transportar produtos todas as semanas para outra cidade, por exemplo, o “pessoal da logística” vai planejar isso para que os recursos sejam usados da forma mais econômica.

Para além disso, a logística não apenas poupa o dinheiro da empresa, optando sempre pelos recursos mais baratos. Usando o exemplo anterior, não adianta escolher uma transportadora que cobra menos quando tudo dependerá também do tipo de produto. Se é perecível, se é frágil, se necessita de refrigeração, entre outras especificidades.

Hoje em dia, isso é feito com ajuda da tecnologia da informação. Existem softwares que auxiliam os profissionais da área, mas não quer dizer que o trabalho ficou mais fácil. De acordo com o professor do curso Tecnólogo em Processos Gerenciais da Faculdade Pecege, Vitor Pires Vencovsky, a internet, além de ajudar, oferece certas complicações.

“O e-commerce trouxe mais dificuldades para as empresas. Antes, as fábricas mandavam para o centro de distribuição e dele ia para um ponto de vendas. Hoje, ao invés de mandar para poucas lojas, o centro de distribuição tem que enviar para milhares de consumidores”, comenta.

Um pouco de história

Antes de a logística chegar a esse ponto, porém, muita coisa aconteceu. Para entender a história dessa área, é preciso voltar à época da Segunda Guerra Mundial. “Eles utilizaram muitas técnicas para poder distribuir os recursos. E nessa época haviam cientistas em vários países que trabalhavam a pesquisa operacional”, afirma.

Vencovsky diz ainda que essa ciência foi usada para poder alocar os recursos, e fez toda a diferença: “A gente está falando de guerra, mas na verdade tem a ver com vidas. Se você usar os recursos da melhor forma possível você pode evitar mortes.”

No final da Segunda Guerra, muitos dos especialistas que trabalhavam para o governo e exércitos foram para o mercado e levaram os conhecimentos de logística para outros setores. Isso foi por volta da década de 60, mas essa área “pegou” mesmo no mercado alguns anos depois.

Crise do petróleo

Em meados de 1979, a crise do petróleo fez com que o preço dos combustíveis subisse. O barril atingiu valores “estratosféricos”, segundo o professor, e, o custo do capital também subiu.

“A conta do transporte começou a ficar cara. Antes não existia um problema com isso, se precisasse transportar algo, era só colocar no caminhão e pronto”, afirma. Além do diesel caro, o custo de capital também afetou os estoques, então esses dois fatores fizeram com que as empresas começassem a organizar os processos para economizar.

“Nessa década as empresas começaram a ver que precisavam melhorar a forma de utilização dos recursos e isso começou a ser estudado ao redor do mundo”. E assim surgiu a logística como é conhecida hoje.

Muita gente

Outra influência importante para a evolução da logística é o crescimento populacional. De 1974 até 2002, a população mundial passou de 4 para 7 bilhões. Só no Brasil, o aumento foi de 100 para 190 milhões nesses 30 anos.

Uma população maior representa também mais consumo. Isso significa que as empresas – de todos os tipos – precisam crescer. “Uma empresa que tinha um armazém pequeno e uma só fábrica, tem que aumentar a parte de distribuição de estoque. E quando você começa a crescer a infraestrutura, a logística começa a ficar mais complexa”, explica.

Importância

Como já mencionado, a internet trouxe o e-commerce, que dificultou a logística, mas também representou um avanço em termos de softwares para auxiliar essa área. Por isso, o segmento se torna cada vez mais importante. Com a complexidade das transações, sem um profissional desse tudo vira, em termos simples, uma bagunça.

De acordo com o professor, apesar de ser uma coisa praticada nas empresas e com certa complexidade, a logística também está inserida no dia a dia. “A dona de casa, quando vai ao mercado, sabe o que tem no “estoque”. Ela guarda tudo depois, tem uma ordem, uma lógica no armário ou despensa”, afirma.

“Se pensarmos em transporte, nós também sempre consideramos qual a melhor forma: carro, ônibus, a pé… Isso é logística”, finaliza.

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