Soft Skills é o termo que se popularizou entre recrutadores e profissionais para identificar habilidades que desenvolvemos ao longo da vida e que fazem parte do nosso pacote (acervo) de Inteligência Emocional. Ela, por sua vez, determina nossa capacidade de lidar com o outro e de administrar nossas emoções, sendo uma competência fundamental para as relações humanas.  

O termo, juntamente com seu correlato “Hard Skills”, tem origem militar e surgiu no final da década de 1960 nos Estados Unidos, para distinguir as competências dos soldados. A palavra “hard” tem conotação oposta a ‘soft’: a primeira significa “duro, árduo, difícil” e a segunda “suave, macio, flexível”. O primeiro, portanto, designa o conjunto de habilidades técnicas necessárias para operar máquinas e ferramentas de trabalho e o segundo compreende as habilidades comportamentais de um indivíduo. 

Circulam diversas ideias pré-concebidas acerca dos requisitos necessários para trabalhar com tecnologia, que apontam predominantemente para conhecimentos técnicos. Esse ‘know-how’, que se traduz em português por “saber como fazer” é, sim, crucial e indispensável, mas ao lado dele figuram ainda conhecimentos de natureza subjetiva que são essenciais para exercer um bom trabalho em equipe e, por isso, também podem ser decisivos no processo de contratação dos profissionais. 

Vivemos um cenário de diversidade cultural e diversidade de identidades crescente, no qual gerenciar nossos afetos para conviver com as diferentes formas de ser e estar no mundo, de maneira harmoniosa, é imprescindível. 

Essa tarefa se torna mais fácil quando entendemos que a diversidade é um dos fatores propulsores da vida, desde o nível biológico até o social. É ela que torna tudo possível, interessante e mais forte.  

Se as pequenas moléculas orgânicas e inorgânicas não se unissem para formar as diferentes e infinitas combinações da natureza, nós certamente não estaríamos por aqui, pois não haveria Biodiversidade. E que terrível seria se todas as culturas fossem enfadonhamente iguais e repetitivas… Que tipo de existências desinteressantes e monótonas compartilharíamos? 

Em outras palavras, é a diversidade que garante a nossa existência e sobrevivência, literal e simbolicamente! E aprender a conviver com ela e respeitá-la é tão natural e benéfico, que está programado em nosso DNA.  

Leia mais: Profissional multi-habilidades: você sabe como ser um?

Por falar em programação… 

É evidente que a tecnologia e seus recursos, que viabilizam diversos aspectos da vida moderna, tomaram lugar de destaque nas relações pessoais, corporativas e comerciais, permeando a experiência cotidiana de todos nós. E a tendência é seguir crescendo, especialmente no cenário pós pandêmico, em que essa mudança nos paradigmas de produção e consumo fez com que a demanda por profissionais do setor aumentasse consideravelmente, concentrando nele algumas das melhores oportunidades do mercado de trabalho. 

No entanto, sobram vagas por falta de profissionais qualificados. De acordo com o último levantamento apresentado pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais) no TecForum 2022, estima-se que em 5 anos serão criados cerca de 800 mil novos postos, mas o Brasil forma pouco mais de 53 mil profissionais de tecnologia por ano e isso deve gerar um déficit de 532 mil pessoas para trabalhar na área. 

Mesmo sendo uma carreira tão promissora, a experiência de quem atua no ramo atesta que a palavra “tecnologia” ainda assusta e é frequentemente encarada como algo incompreensível, que só pode ser executado por pessoas especiais, com talento inato. Mas a verdade é que hoje todos temos tecnologia na palma da mão e operamos diversas atividades diárias por meio dela.  

Segundo os especialistas do PECEGE, Bruno Kadri e Lucas Guerrero, a área de tecnologia é interdisciplinar, pois exige um conjunto de habilidades, portanto precisa de pessoas com conhecimentos diversos, podendo ser integrada por colaboradores de diferentes áreas, que incorporem conhecimentos do universo tech à sua trajetória, direcionando seu foco para o desenvolvimento de soluções e inovações que farão parte do cotidiano de pessoas e organizações. 

Sendo assim, eles descrevem algumas das Soft Skills mais valorizadas e buscadas nesses profissionais: 

  • Resiliência

Resolver problemas pode ser um desafio complexo e desconfortável, que exige resiliência para buscar atualização constante de conhecimentos, além de boas doses de persistência, disciplina e foco. 

  • Dinamismo

Atender à várias demandas simultâneas e acompanhar as transformações requer capacidade de lidar com diferentes desafios e processar uma grande quantidade de informações diariamente. 

  • Criatividade

A visão estratégica para entregar soluções inovadoras vem com trabalho e empenho. É através do exercício diário que nos tornamos melhores no que fazemos e conseguimos entregar resultados cada vez mais satisfatórios.  

  • Comunicação assertiva  

Para agilizar o trabalho em equipe, interagir de forma saudável e eficaz. A interação e comunicação fluída se tornaram uma premissa para profissionais da área, tendo até mesmo uma metodologia própria desenvolvida para essa finalidade, chamada de metodologia ágil, que atualmente também tem sido incorporada por outros segmentos.  

  • Autonomia

A capacidade de tomar decisões diante de situações imprevistas e buscar recursos para o desenvolvimento de novas competências e solução de problemas pode ser desenvolvida através de ferramentas e metodologias exploradas em ouras áreas e aplicadas também à tecnológica, como a análise de dados, planejamento e gerenciamento de projetos.  

  • Proatividade

Disposição para aprender e cooperar, enfrentando as dificuldades com uma atitude colaborativa, é imprescindível para construir um ambiente corporativo saudável e uma trajetória de sucesso. 

É importante lembrar que ao ressaltar as soft skills no currículo, é necessário contextualizar essas habilidades, de modo que elas sejam percebidas em suas experiências e que fique claro para os recrutadores como você as adquiriu e aplicou ao longo de sua jornada profissional. Também é preciso ter consciência de que é a persistência que de fato determina o nosso sucesso. Por isso, manter-se consistente e perseverante diante de desafios é a chave para desenvolvê-las. 

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